UM UIVO NA NOITE
Ouço, lá no fundo de minhas hortas,
na noite, chamadas horas mortas,
um curiango, tristemente a piar...
O pio da ave, que invade o sertão,
que está alimentando uma solidão,
de um poeta, que ainda não foi deitar...
Seus pios soam como tristes notas,
para a Lua? Não sei para que rotas,
uma delas, deve ser a meu coração.
Pios que atravessam a densa neblina,
que chega até a luz fraca da lamparina,
vem junto, com o triste uivo de um cão.
Sobre minha tristeza, dobra o volume,
mas ele não ouve o meu queixume,
se ouvisse, ia numa outra noite piar...
Esse curiango está hoje tão inspirado,
vendo como o poeta, um luar prateado,
não escreve, mas sabe alguém chamar.
Ouço, lá no fundo de minhas hortas,
na noite, chamadas horas mortas,
um curiango, tristemente a piar...
O pio da ave, que invade o sertão,
que está alimentando uma solidão,
de um poeta, que ainda não foi deitar...
Seus pios soam como tristes notas,
para a Lua? Não sei para que rotas,
uma delas, deve ser a meu coração.
Pios que atravessam a densa neblina,
que chega até a luz fraca da lamparina,
vem junto, com o triste uivo de um cão.
Sobre minha tristeza, dobra o volume,
mas ele não ouve o meu queixume,
se ouvisse, ia numa outra noite piar...
Esse curiango está hoje tão inspirado,
vendo como o poeta, um luar prateado,
não escreve, mas sabe alguém chamar.