LUSCO-FUSCO
Dentro da ostra jaz a incólume pérola
Do âmago da ilusão vem à quimera
Do rugido do leão presságios da fera
Do correr do predador a proximidade das garras e da guerra
Do cavar de sete palmos vem por fim a seara da terra
Do relâmpago do trovão vem o clarão e a falta de visão
Do despertar do sol quadrado a certeza da cela
E de se estar num cubículo sem janela
Percebe-se então a letal e certeira esparrela
Como a improvável vida de peixe sem guelras
Ou do fato improvável da cor do ouro não ser amarela
E do chão se abrir e surgir uma cidadela
Sendo assim fecho os olhos e me deixo abater
Por saber que logo vou ao encontro do crepúsculo
Eu resignado não luto e procuro me convencer
Que o começo de tudo tem que ser o fenecer.
Dentro da ostra jaz a incólume pérola
Do âmago da ilusão vem à quimera
Do rugido do leão presságios da fera
Do correr do predador a proximidade das garras e da guerra
Do cavar de sete palmos vem por fim a seara da terra
Do relâmpago do trovão vem o clarão e a falta de visão
Do despertar do sol quadrado a certeza da cela
E de se estar num cubículo sem janela
Percebe-se então a letal e certeira esparrela
Como a improvável vida de peixe sem guelras
Ou do fato improvável da cor do ouro não ser amarela
E do chão se abrir e surgir uma cidadela
Sendo assim fecho os olhos e me deixo abater
Por saber que logo vou ao encontro do crepúsculo
Eu resignado não luto e procuro me convencer
Que o começo de tudo tem que ser o fenecer.