Antes...


Hoje revejo os meus antes,
sentindo saudade do que não foi acontecido.
Tornei-me antiga como um móvel de canto,
chorando esse pranto, que já não faz nenhum sentido.

E esse murmúrio em desvario,
feito um rio gasto em suas nascentes,
correndo triste em cada uma das suas vertentes,
deixa a certeza daquilo que o silêncio diz...
Jamais haverá outro tempo,
(com vírgulas, travessões e acentos),
que fará meu poema feliz...




OLHOS RADIANTES
Enviado por OLHOS RADIANTES em 27/09/2010
Reeditado em 06/01/2012
Código do texto: T2524081
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