ATRÁS DA PORTA

HORA DA DOR

VOCÊ SAINDO PELA PORTA,

COM SEUS RESTOS DE PERTENCES.

ADEUS!

ME RASTEJEI AOS SEUS PÉS,

COMO PAPEL DESCARTADO.

MAS JÁ ERA TARDE!

VOCÊ JÁ NÃO ERA MEU,

ERA DO MUNDO.

E ME SOBRARA A DOR,

A DESGRAÇADA DA DOR

DE UM AMOR DESPERDIÇADO

E NADA MAIS...

TENTEI RECLAMAR!

ME REBELEI,

ME REVOLTEI,

BRIGUEI COM DEUS,

O DIABO VIVI...

MAS NÃO HAVIA VOLTA

VOCÊ NÃO ERA MAIS MEU

E EU SÓ ME AFUNDAVA

NA DOR ATROZ

DE MAIS UM ABANDONO,

COMO A PRÓPRIA VIDA!

E ME RECOLHI ATRÁS DA PORTA,

ONDE NINGUÉM ME VIA HUMILHADO,

NUM RESTO DE DOR...

MARIO WERNECK
Enviado por MARIO WERNECK em 27/09/2010
Reeditado em 27/09/2010
Código do texto: T2522704
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