Juramento de amor
Se cativar
e vieres com um escuro pudor,
e não mais me amar,
serei poeta ou cantandor...
de canções tristes e velhos bordões,
que por mim cativadas foram,
um violão: acústica do sons,
acordes! que de repleto amor soam...
Cativo seus olhos,
os embalo em tenra ternura e tempo,
cultivo os encontros, as flores, os louros,
os abalo com meu fiel juramento
que condiz em nunca te ferir,
nem por brincadeira ou espanto!
que reza nunca fazer-te sofrer,
por nenhuma fonte de pranto...
Mas cativo e cativo,
reponsável agora sou por ti
no entanto, o que fazes?
senão dar de cara com a morte!
A sorte de permanecer só,
sorte de vingar na dor,
vida sem sentido quando partes,
coração sem alento protetor.