Se eu calasse

Se eu calasse

O que não falo

Mas que com atitudes resvalo

O que não falo

Mas que com olhos roxos, esbugalho

O que não falo

Mas ignoro o passar, como falho

O que não falo

E sinto o amargo gargarejar de alho

O que não falo

E gela o coração em frangalho

Se eu calasse...

Talvez assim, sobrevivesse

Ao fim inevitável

Que é esquecer-te.

Ao lembrar-te tanto...

Quando me calo.

Márcia Poesia de Sá

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 26/09/2010
Reeditado em 06/12/2015
Código do texto: T2521013
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