Sangrando
Meus olhos ardem
Afasto o sono
Esperando as mãos do amor
Tento sublimar a decepção que me consome
A cabeça pesa
Um cão ladra com um uivo de lobo
O coração dispara
Amor... Amor... Amor...
Transfiguro as letras
Há armas internas
Estou a um passo da insanidade
Ouço a raiva gritando
Afasto o pesadelo
Nas mãos do amor
Raiva e ódio misturam-se
Escalo os muros do firmamento
Procurando no infinito
As mãos do amor
O fogo queimando
Eu, fria como pedra,
Sangrando
Nas mãos do amor.
Rose de Castro
Escritora, Ghost Writer e Poeta