Pedras e Espinhos
Queria estar em uma ilha deserta,
Perdido de todos, perdido do mundo,
Porque, talvez a morte seja uma atitude precipitada,
Então viver longe do “stress” da sociedade poderia ser a melhor solução.
Não consigo mais encontrar paz,
Quando deito, não encosto a cabeça em um macio travesseiro,
Parece que durmo em cama de pedra,
E meu caminho é feito de espinhos...
Ao fixar meu olhar no horizonte vejo apenas nuvens tempestuosas,
O mar é agitado por bravas ondas,
Onde está a calmaria?
Bem distante, talvez nunca chegue.
Assim minha esperança desvanece,
A força vai embora, não sei o que fazer,
Não tenho mais direção, perdi o alvo,
Minha visão confundida me leva a margem, me tira o sentido.
O vento é contrário e forte, dificultando o percurso,
Frio, calor, angustia, medo, invadem o mundo sensível e inteligível,
São os devaneios desta vida que me levam para lá e para cá,
O que me resta é apenas um coração sangrando.
Diante de tudo isso não posso reagir,
Estou de pés e mãos atadas,
E com a voz embargada e os olhos cheios de lágrimas
A minha única opção é gritar por socorro e esperar por um renovo.