COMO POSSO AINDA CANTAR?*
Nossos olhares ali se desencontraram
Na desventurada bruma de tão distante.
E nossos olhos tanto se desencantaram
Com a vida que vai e é só uma barca errante,
Levada por esses ventos que jamais sopraram.
No silêncio, uma canção perfeita para a dor,
No silêncio há uma saudade já tão perdida...
Os olhares que são pobres ventos do que for,
Para o mais distante lá tão depois da vida.
Se tudo é tão triste, então não há tristeza,
Se tudo é tão vazio, nem há a desolação.
Há o devaneio de chorar toda a delicadeza
Da dor que assola as notas dessa canção.
Não posso cantar a morte certa da beleza,
Como posso cantar essa pobre emoção?
Lava-me a alma a lágrima perdida!
Leva-me para o silêncio da solidão!
Para tão distante além da vida,
Onde teus olhos não mais me encontrarão...
Há no ar a brisa leve de poesia assim perdida,
Como o soar perdido dessa triste canção,
Tão dentro de mim e tão fora da vida,
Na bruma que paira na imensidão...
*enquanto ouvia “How Can I Keep From Singing?” by Enya
Nossos olhares ali se desencontraram
Na desventurada bruma de tão distante.
E nossos olhos tanto se desencantaram
Com a vida que vai e é só uma barca errante,
Levada por esses ventos que jamais sopraram.
No silêncio, uma canção perfeita para a dor,
No silêncio há uma saudade já tão perdida...
Os olhares que são pobres ventos do que for,
Para o mais distante lá tão depois da vida.
Se tudo é tão triste, então não há tristeza,
Se tudo é tão vazio, nem há a desolação.
Há o devaneio de chorar toda a delicadeza
Da dor que assola as notas dessa canção.
Não posso cantar a morte certa da beleza,
Como posso cantar essa pobre emoção?
Lava-me a alma a lágrima perdida!
Leva-me para o silêncio da solidão!
Para tão distante além da vida,
Onde teus olhos não mais me encontrarão...
Há no ar a brisa leve de poesia assim perdida,
Como o soar perdido dessa triste canção,
Tão dentro de mim e tão fora da vida,
Na bruma que paira na imensidão...
*enquanto ouvia “How Can I Keep From Singing?” by Enya