Menestrel Ébrio
Oh coração - mande um sinal!
Nessa dor eu só lamento
Afogo-me no copo de licor de cacau
Para fugir de meu tormento.
Crucificado no amor – outr’ora dormia
Porque tiraste de mim o alvorecer?
Tire de mim toda essa agonia
Fique comigo ao amanhecer
Quimera – meu quarto – Cachos de Mel
Escrevo como de costume
Alcunho-me de Menestrel
Nos laços de seu perfume
Aludo como poeta alcoólico
De tão tolo que sou
Acompanhado no céu bucólico
Em meu quarto sozinho estou.
Um cigarro para relaxar – devaneio
Perfeito! Tu me disseste outr’oura
Se eu fosse – dormirias em meu peito
Se eu fosse – não irias embora
Agora – mais um copo de licor
Cingido num pranto – Sem carinho.
Meu quarto não tem mais cor
Embriagado - dormirei sozinho.