A madrugada
A madrugada olhou-me de soslaio.
Impossível nesse momento não querer contar novamente estrelas.
Enrolada em lençóis espero a chegada da manhã, esmagando essa madrugada.
Não sinto o mundo…
Será se tudo acabou, e só eu sobrevivi?
Essa mansidão, essa calma terrível despida e árida.
Fico correndo os olhos pelos cantos
Fazendo poemas que esqueço
Férteis e infernais.