A morte

Opacos olhos se fecham,

Lânguido imo não bate,

E esse rio escarlate

Em seu leito já não corre.

Eis, que a vida morre

Estertorando em semitons

Em meio aos pavilhões,

Das pedras rijas do tempo.

Cansado emite murmúrios

Com a força que lhe resta

Contempla os antúrios

Que ao seu corpo cercam.

Eis, que a vida se encerra

Com o pulsar em declive

Uma lágrima beija a terra,

Deixando a mente livre.

Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2010.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 17/09/2010
Reeditado em 25/09/2010
Código do texto: T2503749
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