INVERNO

INVERNO

Inverno és tristes e solitário,

Sem nenhum gesto humanitário,

Esfrias os sentimentos,

Empurrando-nos pensamentos,

Angustiados, desprezíveis,

Como se nos desejasses,

O mais terrível sofrimento,

Quando varres nossos destinos.

Soprando fortemente o vento.

Desejamos ficar no esquecimento.

Viajante triste e solitário,

Com atitudes de revolucionário,

Tentas jogar-nos numa luta

Sangrenta e sem trégua

Como se fosses soberano

E senhor do mundo.

Desastrosos, instigantes.

Teus dias são de enfado

Olho o horizonte congelado

Por tua frieza exuberante.

Não fosses tão arrogante,

Pisarias o solo sagrado do amor

Não como mero viajante

Poderias ficar sendo morador.

Não passas de velho decrépito,

Que vive a correr o mundo,

Reflexo do jovem vagabundo,

Apaixonado sem correspondência.

Pela jovem que te sucede,

Com o mais lindo esplendor,

Trazendo as flores do amor,

Espantando tua dor.

Teus dias chegam ao fim,

Ela voltará em breve,

Sorrindo com ardor,

Florindo nossos jardins.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 16/09/2010
Reeditado em 07/09/2011
Código do texto: T2502381
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