INVERNO
INVERNO
Inverno és tristes e solitário,
Sem nenhum gesto humanitário,
Esfrias os sentimentos,
Empurrando-nos pensamentos,
Angustiados, desprezíveis,
Como se nos desejasses,
O mais terrível sofrimento,
Quando varres nossos destinos.
Soprando fortemente o vento.
Desejamos ficar no esquecimento.
Viajante triste e solitário,
Com atitudes de revolucionário,
Tentas jogar-nos numa luta
Sangrenta e sem trégua
Como se fosses soberano
E senhor do mundo.
Desastrosos, instigantes.
Teus dias são de enfado
Olho o horizonte congelado
Por tua frieza exuberante.
Não fosses tão arrogante,
Pisarias o solo sagrado do amor
Não como mero viajante
Poderias ficar sendo morador.
Não passas de velho decrépito,
Que vive a correr o mundo,
Reflexo do jovem vagabundo,
Apaixonado sem correspondência.
Pela jovem que te sucede,
Com o mais lindo esplendor,
Trazendo as flores do amor,
Espantando tua dor.
Teus dias chegam ao fim,
Ela voltará em breve,
Sorrindo com ardor,
Florindo nossos jardins.