A ruazinha da imaginação.
A ruazinha pouco a pouco se construiu
Se proseguiu parte a parte o chão
Nas parades, que se erguiam as cores
Os desnumbres os blocos e a evolução
Dai cantavas suas alegrias, suas obras
A multidão que criava sua existência
Tuas enormes e reais construções
O sonho feito sua idéia e a conquista
Onde o dia brilhava o sol sem nuvens no ar
O sorriso dava idéia a imaginação de criar
E nos longos dominios, que eram enormes
Revolucionários aos olhos, fortes aos ventos
Imbativéis as batidas e enormes como o universo
Foi que a obra deu-se a pequena dor negra, em pleno meio céu
A chuva forte caiu e a nuvem negra cresceu teu reino
A contemplação inda moldada em paredes fracas
E feitas de agonia aos olhos da incerteza
Começaram a desestruturar o seu encanto
Com a chuva que derramava os olhos a tristeza
Pingavam nas grandes obras e derretiam a beleza
Tudo começou a ser levado, na rude fraqueza
Acabando com o coração de tudo que era intenso
Que brilhava a cor num tom que deixava o próprio sol amarelo
Ficou-se triste o encanto das cinzas que levaram as águas
E as esperanças que acreditavam todos aqueles
A que a ruazinha abrigava sua imaginação.