Estados inconscientes.

Em largos sonhos ausentes, torno a cidade novamente,

A atmosfera das ruas continua a mesma, concreta similar,

Enormes letreiros a brilhar difundindo mensagem subliminar,

Preparando a mente para novos estados inconscientes,

Nas luzes que refletem debilmente, surge uma noite decadente,

Eu digo: - É só um estado inconsciente.

Nas velozes ruas artificiais sou atacado por felicidades, artificialmente,

Autdoor, placas, prédios, enfileirados num corredor polonês,

Disparando sua publicidade vez por vez, abatendo-me de uma só vez,

E eu não posso voltar simplesmente, pois as ruas seguem continuamente,

Nas esquinas aglomeram-se estilos diferentes, a moda decorrente...

Decorrente de estados inconscientes.

Os carros urgem insolentes como animais pré-históricos insanamente,

Sua força personifica o ódio que mata o homem e a maquina,

A cidade cresce de maneira inexata numa modernidade fútil e frenética,

Ensinando as universidades à melhor maneira de sugar a cidade doente,

Caçadores se armando de conhecimento barato e repassando aos docentes,

Eu falo: - É só o meu louco estado inconsciente.

Muros pichados, portas fechadas, ruas vazias, miséria, atos indiferentes,

Passam por mim como se mudando aleatoriamente canais de TV,

E esse intolerante sentimento penetra em você,

Tornando-se também passivo, residente do caos fulgente,

Indo em passos negligentes, acompanha os pés que seguem em frente,

Digo: - É o meu longo estado inconsciente.

A lua observa palidamente a cidade definhar irreversivelmente,

E um anjo triste toca a pena em meu silencioso devaneio

E aquela tristeza sem motivo aparente invade o coração por inteiro,

E a cada acorde da canção libero uma lagrima negra tristemente,

Que congela o corpo... Congela sem motivo aparente...

Choro: - Inconsciente, é o meu eterno estado inconsciente.

tomb

Tomb
Enviado por Tomb em 15/09/2010
Código do texto: T2499752
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