Vá embora, solidão!

A solidão veio trazida pelo vento da minha malfadada dor.

Minha carne crua arde em meio a feridas na alma.

Meu coração clama por amor, por compaixão.

E eu mergulho nas águas negras da escuridão.

Minha vida não tem sol.

Nem luz.

Eu padeço em meio ao fogo trazido pelas minhas lágrimas.

Minha alma arde pela revolta pelo sofrimento imposto.

Eu vivo buscando esperança, mais só encontro desilusão.

Solidão, por que não me deixas viver?

A onde vou só encontro a ti, maldita solidão.

Por que você não me esquece, por que não dá um tempo?

Para de fazer da minha vida um tormento, que eu já não aguento tanto sofrimento.

Eu quero me libertar das suas téias.

Quero me apartar das suas garras.

Então me deixe em paz.

Que eu quero seguir em frente, sem dor, sem mágoa.

Então vá embora, solidão.

Vê se encontra outro rumo.

Que eu preciso de liberdade para meu coração.

E eu desejo a libertação.

Então vá embora, solidão.

Vá embora, que eu não quero mais sofrer.

Pois, que o que mais desejo é ser feliz, mais se não puder que eu consiga pelo menos um pouco de paz.

Então vá embora solidão e vê se dá um tempo para meu coração.

Que eu não aguento mais tanta agressão: eu só quero um pouco de afeição.