Selvagens

Quando o amor morrer completamente não me avise

Não me conte nada.

Deixe-me sentir que a solidão me abraça pouco a pouco

E cada vez que fores pra mais longe, diga apenas até logo.

Permita que meus olhos morram dentro dos teus olhos

Sem culpas, sem reclamações.

Tape os ouvidos, não queira mais escutar os meus suspiros.

Faça preces em que nosso futuro não esteja mais compartilhado,

Mas também peça por mim.

Ensine-me a mirar a minha face no espelho, sem que tua cabeça esteja

Encostada na minha.

E que o tempo consuma tudo como um cigarro que chegou ao fim,

Sem lágrimas, sem músicas fúnebres, sem odores.

Somos como cavalos que voltam a ser selvagens,

Sem celas ou rédeas

Correndo por aí...

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 11/09/2010
Reeditado em 19/05/2013
Código do texto: T2492151
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