Sangrando II
Pois, eis que minha carne dolorida continua a verter sangue.
De minha feridas expelem pus.
De meus olhos lágrimas se misturam com meu sangue.
E eu não me vejo mais como gente.
Nesse momento sou apenas uma ferida que pulsa e repuxa sem parar.
Eu sou dor eloquente.
Sou sofrimento em intensidade infinita.
Sou lava vazando por todos lados.
Sou nuvens de fuligens.
Meu Deus, meu corpo e minha alma estão sangrando!
E eu me vejo caindo num imenso vazio de um mundo sombrio.
Nossa como dói cortar o mal pela raiz.
Deus, o que eu preciso fazer para ser feliz?