As estrelas que eu queria para mim

Impossível viver nesse mundo,

Andar com meus passos largos grudados no chão.

Se eu não posso me alar e tocar nas estrelas.

Eu não quero mais do mesmo,

Rotinear pelas esquinas todos os dias,

Se eu não posso viver minha insanidade construtiva.

Você goza de seus ruídos e sons,

Enquanto eu, paupérrima artista, produzo letras e fonemas,

E nada que eu goze é teu tom.

Eu quero uma sem-rotina diária,

Uma felicidade repentina.

E as ilusões rodando em verdade.

Eu quero sorrir em ciúme,

Sentir grande febre terçã,

Morrer numa ensolarada manhã.