O POETA CALOU

Calou-se a voz que bradava em rimas pelas madrugadas

As noites enluaradas já não assistem seus ensaios de inspiração

Já não se vê a sua mão a percorrer harmônicas estrofes versadas

Suas veias estão paralisadas e represadas suas fontes de emoção!

O poeta das canções de amor agora habita num castelo de loucura

E de sua câmara escura nada ele avista e nem percebe

Perdeu a verve, perdeu a alegria para os braços da amargura

E nos seus olhos onde via-se candura restou uma secura que lhe fere!

Nada de odes, nem melodias dedilhadas por sonetos

Seus poços hoje secos foram entulhados por avalanches criminosas

O seu caminho de rosas tornou-se um espinhal de pesadelos

Vulcões agora cospem gelos e as derradeiras alegrias são dolorosas!

O pássaro emudeceu-se na aurora e um choro triste toma conta da manhã

Agora a canaã das esperanças morre infeliz no hades da solidão

Os seus sorrisos aonde estão? Teria sido sua vida vã?

A poesia não é mais a sua guardiã e o poeta é um calado coração!

****************************************************

Orkut: reinaldojgr3@hotmail.com

MSN: reinaldojgr@gmail.com

Conheça LETRAS DA ALMA. Primeira publicação de Reinaldo Ribeiro em: http://clubedeautores.com.br/book/7820--LETRAS_DA_ALMA

Youtube: http://www.youtube.com/user/reinaldojgr

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 09/09/2010
Reeditado em 09/09/2010
Código do texto: T2487412
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.