Cemitério

Lugar sombrio e de descanso eterno,

E que os poetas quase não se lembram.

Portal entre o céu, a terra e o inferno,

E que a dura despedida, muitos enfrentam.

Durante a madrugada, os lobos uivam;

Dando um aspecto de total solidão.

Mas, porém, a lua brilha forte no céu,

Até que uma nuvem traga a total escuridão.

Durante o dia, eu pude ver as pessoas

Que há muito tempo já morreram.

Pessoas que hoje estão mortas

Mas, que neste nosso mundo já viveram!

No cemitério eu vejo crianças,

Que choram por não ver os pais.

E também alguém com esperanças,

Que foram deixadas para traz.

Eu vejo as covas abertas por homens,

Covas profundas, grandes e frias.

Que serviram de abrigo para vermes,

Que farão “nas trevas” as suas moradias.

Lá, tem túmulos grandes, médios

E também os pequenininhos.

Crianças que morreram sem nenhum pecado

Mas, que agora estão no céu, como anjinhos.

Eu choro mais pelas covas pequeninas,

Pois, lá moram pequenos anjinhos.

Crianças que, um dia brincaram,

E, que hoje, abandonam seus brinquedinhos.

Havia um bebe deitado em um caixão,

Que mais parecia um anjo de delicado.

Mas, que agora, foi morar no céu,

A onde será muito bem tratado.

Eu agora lhes peço mil desculpas,

Pelas lagrimas que derramo.

Pois, eu choro pelas criancinhas,

Pois, são elas, quem eu tanto amo.

O cemitério pode ser muito cruel

Mas também, o fim de todo sofrimento.

O fim de um amigo fiel,

Que teve a vida como um tormento.

Ao caminhar pelos túmulos,

Senti uma estranha sensação.

Eu imaginei a dor de todas estas famílias,

Que aqui perderam pai, mãe ou um irmão.

Então, eu olhei em volta de mim,

E notei que estava sozinho.

Eu então vi a morte olhando para mim,

E dai então, comecei a rezar baixinho.

Se eu um dia vier a morrer,

Ninguém ira chorar por mim.

Pois, será a minha dor,

Que terá chegado ao fim.

Termino esta triste poesia,

Que tanto, me fez chorar.

É o fim da minha alegria,

Que nunca mais poderá voltar.

Lucas Francisco Habermann De Carli
Enviado por Lucas Francisco Habermann De Carli em 24/09/2006
Código do texto: T248543