Sem Direção
Aqui estou eu
No fundo do poço
Sem identidade, sem dinheiro no bolso
Preso nessa cidade
Nesse fim de mundo
O fim de tudo que começa aqui
Agora eu vou, seguindo sem direção
Pegando rumo certo para contramão
Sobre o risco sobre brisa em um labirinto de espinhos
A base de álcool, drogas e sexo
A vida se completa esse faz incompleta
Então a vida se esquiva
Aqui estamos nós de novo perdidos nessa selva de pedras
Destruindo nosso próprio paraíso
Escondidos sem voz,
Proibidos pelo muro erguido pelos homens da lei
Lei dos mais fortes
Lei dos bolsos fartos
Ingratos suicidas!
Mas quem morre não conta sua historia
Mas quem morre perde o sentindo
Vira memória, se faz esquecido
E aqui estou vivendo tudo isso
Sem portas de saída
Sem fuga, sem planos
Sem calendários, pela beira do precipício
E sem direção, e sem percepção
O que irá acontecer?