Tudo neste mundo é efêmero
Tudo neste mundo é efêmero,
Tudo passa,
Tudo morre...
Sei que tudo morre,
Sei que o destino de todos nós
É a sepultura.
A sepultura,
Que, como um grande abismo aberto
Sob nossos pés,
Traga todos nós,
Atrai-nos para o seu seio...
Sei, mas não deixo de chorar.
Não deixo de chorar pela dor,
A dor da separação,
A dor de não te ter mais comigo.
Nunca me esquecerei de ti,
Nunca deixarei de sentir tua falta.
Choro tua morte, não porque morreste,
Mas porque não estás mais comigo.
Consola-me saber que um dia estarei contigo.
Mas enquanto isso,
Enquanto não estás junto a mim,
Choro por ti.
(A Helena de S. Lima, 1919 - 2010)