A vida é feita de perguntas
Nesta vida de perguntas
Questiono o porquê de tudo
Porque há uma luz na estrada
E um caminho no escuro?
Porque mora a Felicidade
Na rua ao lado da Tristeza?
Porque cresce a falsidade
Enquanto há fome na mesa?
Porque é que a amargura corre
Para o mundo da Alegria?
Como é que meu coração não morre
Se sofre tanta melancolia?
O porquê da minha dor
Quisera eu saber, Meu Deus!
Neste mundo de desamor
Para onde vão os passos meus?
Já nem mesmo sei se viva
Ou se lute para viver.
No meu caminho perdida
Só sei o que é sofrer!
Porquê chorar,
Sentir tanta dor?
Mas... gritando a hei-de calar
Dentro de mim e em meu redor.
(Ana Flor do Lácio, setembro 2008)