Reconfortante torpor
Bom demais para os demais
aos olhos dos outros vivia em paz
gentilezas, sorrisos e acenos
palavras sutis cantadas aos ventos
Era todo simpatia
mas o chorar do seu olhar ninguém ouvia
sua humildade causava encanto
porém sua alma vivia aos prantos
No escuro ele derrama lágrimas
na névoa ele cai diante do nada
se encontra no lugar em que não há rimas
numa cela em que sua fé se abala
Silêncio ensurdecedor
docemente acolhedor
reconfortante em torpor
desfazendo-se da dor
Pra livrar-me de tal mentira
veio a esfera que ilumina
no intuito de escapar dessas grades
me guio em ti, olhos de jade