Perdido

Tão perdido estou eu que não vejo mais ruas, nem pessoas, nem animais, nem árvores.

Caminho como se estivesse rastejando pelas brasas do inferno.

E todo dia dou de cara com o Safado do Capeta.

Pois, que o Capeta é o próprio homem.

Nuvens escuras baixam sobre minha cabeça.

A onde estou eu, meu Deus?

Estou nessa jaula imunda e suja.

Por Cristo, eu quero a libertação, eu preciso da salvação.

Pois, que aqui não há flores, só há a secura das lágrimas.

Passeio por vales frios e sombrios, esperando a morte.

E quanto mais desejo a vida, mas a dor vem a cada dia me buscar.

A dor se apossa de mim, de minha vida, de minha alma.

A dor inunda meu ser, minha essência apagada,minha alma dilacerada.

Eu sou sombra de mim mesmo.

Sou lodo atirado no chão.

Sou versos rasgados.

Sou uma folha levada pelo vento e pela tempestade.

Eu sou fruto dessa dor filha da puta, que me mata, que me devora e me faz sentir que nada mais faz sentido.

Meu Deus, para onde eu estou indo? Mostrai-me o caminho, pois eu estou tão perdido. Nossa! Como eu estou perdido!

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 26/08/2010
Código do texto: T2460677
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