VERDADE QUE MACHUCA

Pó,fomos feitos do pó,

E ao pó retornaremos,

É igual palavra lançado ao vento,

Sem forma,

Sem conteúdo,

Surgida em pensamento breve,

Nem de leve chega a ser verdadeira.

A verdade dói, machuca, e quase maluca

Estou a catar meus pedaços jogados ao chão,

Foi tirado do armário tudo que

Guardei com tanta precisão...

De repente, vejo tudo jogado,

A desilusão leva-me a realidade,

Nela, tento ver o que Deus

Me deu sem merecimento algum,

E é nesse ato que me apego,

Para que eu continue viva,

Para que tudo volte ao armário,

Para que minha respiração tenha vida,

Para que leve seja minha volta

De onde nunca deveria ter saído...

Ó como dói um coração traído,

É feito faca afiada, feito abelha embaraçada

Em seu próprio zumbido,

Feito som que explode em meu ouvido,

E quase fico surda...

E quase não enxergo...

E quase fico muda...

E choro.

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 26/08/2010
Código do texto: T2459707
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