LÁGRIMAS

A insistência do vento remove e seca-lhe em vão

Cria uma ilusão de que a fonte da amargura já estancou

Mal sabe que varreu o que ficou e que a dor não quer perdão

É dor que tem a sensação de que o ódio traz mais prêmios que o amor!

Ainda que esse amor seja maior que as pradarias do infinito

Mesmo que seu eco irrestrito se propague desmedido no universo

O fruto é inverso e fala em prol do insucesso subentendido e não dito

Deixando aflito um coração que merecia produzir um feliz verso!

Porque assim, e só assim, se justifica e explica tamanha inundação

Que alaga a solidão com mares amargurados de infinda tortura

Quisera a loucura elegendo-me seu alvo de perfeita precisão

Pra me iludir na sensação de que a vastidão em mim não é escura!

Seguindo o seu percurso, caindo lentamente sobre a face

Que não tem forças para o disfarce, que não consegue ser feliz

Não porque quis, não porque mereça que o mal lhe despedace

Eu só queria que o amor me amasse e me fizesse a metade do que por ele eu já fiz!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 23/08/2010
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