Soneto à busca...
Tantos rostos desconhecidos, assim, comuns aos conhecidos.
E o celular não toca. As luzes se ascendem, o sino ressoa,
Meu peito dispara, a boca seca, o pensamento voa...
Nem uma única folha se move, o nada em meus ouvidos.
Silêncio. Longo e agudo ante a imensa claridade.
Essa mesma, artificial, absorvendo minhas retinas.
Volto ao ponto de partida, nesta mesma cidade...
Nao tenho mais quinze anos, nem sou a mesma menina...
Vejo-me como um relógio sem os dois ponteiros,
Correndo em fuso anti-horário em meu leito...
Buscando o que pulsa e encontrando o nada, o esmo.
Nessa mesma e constante busca de uma vida,
Essa vida, a vida inteira... Buscando o sorrisso
E ignorando a despedida, como não houvesse partida...