A Morte da Inspiração
A morte da inspiração
Abatido,
Sem alento,
Não consigo me expressar
Isso comoveu minha alma,
Afugentou minha inspiração
Pensei ser teu centro,
Tua feição,
Teu amor,
Assim como tu o eras para mim.
Não sou...
Em minha mente confusa,
Por sentir a fraqueza
De ser nada em sua vida,
Entrego-me ao pranto
Implorando o alivio
Mas apenas sinto o profundo
Da dor sem sentido
Por havê-la perdido.
Sem palavras...
Um minuto de silêncio!
Em respeito ao moribundo poeta.
Que se foi,
Magoado pelo ciúme,
Perdido,
Na noite fria da vida.
Tudo estranho!
Acredito que choro!
Senti por ti,
O que por outra jamais senti.
Sendo a aflição desta hora,
Curta e grossa comigo.
Tudo estranho!
Tudo confuso!
Só tenho uma certeza:
De que eu te amo,
Luz do amanhecer.
A dor continua,
Parece faca crua,
Fincada na carne nua.
Não entendes?
Que por ti eu criava,
Que por ti eu escrevia,
Que por ti eu resistia,
Que por ti eu respirava?
Sem palavras...
Poema final.
Sem porto seguro,
Com dores de perda.
Perdão...
Se não fui tudo pra você,
Até muito breve!
Quem sabe?
Em outra vida.
Ou no raiar da próxima jornada!
Pois o dia renova
O que a noite destrói.
Eduardo Vilar