Eu errei, confesso!

Onde foram parar as minhas expectativas?

Em que rua ficaram meus pensamentos?

Em que espelho emoldurei minhas vergonhas?

Em que pedra tropecei e cai?

A que sol emprestei a minha alegria?

Eis, meu Deus, o dia aflito!

Eis meu caminho inútil e assustador.

Perdi as belezas a qual expunha com sensibilidade!

Me tornei de vez enquadrado?

Estou de fato massificado?

Sou agora, apenas mais um?

Ah... Quantas dúvidas!

A única certeza que tenho é o medo que sinto

E a injustiça que cometi!

O céu está azul, mas esse anil me perturba.

Um pássaro canta, mas seu canto é triste.

Tenho o vento, mas sinto que ele me toma a vida.

O sol me ilumina, mas não tenho rompantes de graça.

Seria bom sentir essa liberdade,

Mas tudo está tão confuso.

Tudo está tão apagado e quieto

Que nem a mim mesmo percebo.

Estou sento castigado e isso me é claro,

Talvez mais claro que o dia em sua intensidade

Ou o arrependimento em meu olhar.

Fui tão impulsivo e insensato.

Nada me custava ter parado e pensado,

Mas não soube usar o pouco da minha inteligência,

Não direcionei minhas ideias.

Pedir desculpas não me adianta!

Sei do meu erro,

Não sou merecedor de compaixão!

Errei com quem nunca errou comigo!

Mas fica de tudo isso lamentos,

Também fica o arrependimento

E, o principal, o aprendizado!

Tento agora seguir a minha vida...

Colho minhas rosas aceitando seus espinhos...

Sei que tudo está perdido...

Sei que tudo caiu por terra!

Dsoli