Cipreste
Tombaram nas leves brisas os ciprestes,
com o perfume funebre da tristeza,
esvaindo na tarde a triste beleza,
da morte vestida nas tuas verdes vestes,
Te vêem todas as auroras desde antigos tempos,
como o nascer do dia, sangrando em lágrimas,
és o ramo significativo da alma despedaçada,
e espalhada nas ternuras e dores entrelaçadas!
Alguns diriam que belo és, em busca do firmamento,
mas enfeitaste a passagem de colunas genocidas,
quando o vento nazista soprou nas avenidas,
o odor de pinho do teu paradoxal lenimento!
Quantos hinos ouviste, saudando o adeus de alguém,
sempre trágicos como as tardes das despedidas,
o cipreste é assim, a beleza da morte refém,
o simbolo dela nestas passagens tristes e doloridas!
Malgaxe