Noite ... Saliência de uma Falta
A escuridão se salienta
A noite me adentra a alma vazia!
Lua escassa, sem graça
Nenhuma estrela ainda, cintila!
Nos olhos, um sentimento imerso de frio
Febre, fome, vazio de constelações
Entre asteriscos, sublinho teu nome
Minha razão de ser, não ser, minha não razão
Mesmo assim sigo, caminhando sem mim
E a brisa toca e, me apavora muito mais
Esse arrepio na pele e espero outro dia
Quase gélido, e no entanto eterno
Em meu coração displicente
E tudo é em vão, essa brisa calma, afeita oração
Resgate, tolhendo minha fatal exaustão
Desse gosto de últimos dias, ultimas linhas
Imprecisamente minhas, em noites vácuas
De estrelas tristes, sombrias
E aos meus olhos não se destaca nada
Nessa aragem sem vida e opaca, mausoléu
Inconsolável solidão... infame, sem ondas
Sem mar, sem noites de lua para versar
Apenas a ausência brame, insone, eloqüente
Não dorme, não acalanta, não descansa ...
Não encontra, não canta, não encanta
Não está em nada ...
Nesse nada que me consome
E por essa falta de luares sobre meus olhos
Me/se indispõem os versos, a poesia
Meu tudo, meu mundo utópico
Quando eu ainda era um dia
... Nascente
Antes ... dessa falta de versares
Dos tateares de lua e silêncio
Idos por controversos passos
Num ir que me esvaiu
O sentido
E ... a alegria
*** iamgens google***