Ao vento
E ando perdido por aí, sem saber para onde devo ir, quem sou, e o que faço aqui.
Vejo o tempo passando, meu rosto envelhecendo sem respostas, meus olhos escurecendo e o sorriso se tornando cada vez mais de cinema.
Acordo pelos dias sentindo ainda os ontens, como se a cada dia que morre parte de mim fica para trás.
Sinto meu corpo sentir o peso dos anos, a dor se tornando rotineira, o tédio se tornando comum, a ausência se transformando em um modo de vida.
Vejo o branco a minha frente e o negro aos meus pés...
E uma enorme sombra toma toda a paisagem que um dia esteve a minha frente.
Ando assim, no escuro, ao vento, esperando um dia ser levado para algum lugar.