PARA UMA MULHER
Deixo-te estas linhas pela candura,
Eterna dos olhos que ri e chora num sonho,
Terno, pra sua alma consoladora,
Linhas do âmago dessa dor aniquiladora.
Por que! A hedionda quimera persegue-me!
Sem limites, insana, voraz, mortalha,
E cresce como lobos de uma matilha,
Ensangüentando minha alma, dilacera-me!
Ah! Meu sofrimento imensurável não,
Se comparam, aos ínfimos ais sofridos,
Por esse fingido primeiro homem adão.
E esses ralos carinhos que me destes,
Não passam de gotas de chuva no verão,
Enxutas pelos ventos noroeste.