Raiz de terra seca.
Me sinto como raiz de terra seca, cacos de vidro, retalhos...
As vezes sem sentir o vento, calor e a brisa antestesiado a alma...
Desatento ao cantar dos pássaros, leigo na razão meio tonto...
A solicitude está aquem de minhas forças, meu físico impotente...
Distante de todos, cercado por muitos, solitario num palco, nu...
Tremulo sem o medo, atonito pela verdade, tristonho mãos ao queixo...
Sedento feito a corsa pela corrente das aguas, faminto por um abraço, opaco...
Olhos ao teto deitado, mente ligada no espaço foi o que restou sem ver o brilho das estrelas ao seu lado...
Sigo sem me mover, impotente cansado, exausto solidão estacionou...
Caminho de um dia parecendo de uma eternidade a poeira baixou
e os rastos marcou solitário de onde vim, para onde vou?