O silencioso beijo da morte
Seu beijo é amargo como um café sem açúcar,
Suas negras frases pertencem a mesma cor.
Semelhante ao café, seus beijos me viciam sem findar
E das negras frases torno-me autor.
Lábios secos me fazes calar
Ao ouvir o sofrimento corrosivo,
Que queima, arde e o faz vivo
Para seus lábios chamar.
O silêncio, frio, reservado
Com intervalos inconsistentes, tremidos
Dão ao timbre das almas em ruídos
Que o silêncio interpreta errado.
É o beijo da morte calculado
Não há números, nem fases
Não é a estação de belas frases
Resta-me agora por ela, ser beijado.