O silencioso beijo da morte

Seu beijo é amargo como um café sem açúcar,

Suas negras frases pertencem a mesma cor.

Semelhante ao café, seus beijos me viciam sem findar

E das negras frases torno-me autor.

Lábios secos me fazes calar

Ao ouvir o sofrimento corrosivo,

Que queima, arde e o faz vivo

Para seus lábios chamar.

O silêncio, frio, reservado

Com intervalos inconsistentes, tremidos

Dão ao timbre das almas em ruídos

Que o silêncio interpreta errado.

É o beijo da morte calculado

Não há números, nem fases

Não é a estação de belas frases

Resta-me agora por ela, ser beijado.

Dornelles
Enviado por Dornelles em 10/08/2010
Código do texto: T2429638
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