NATUREZA QUE CHORA
Uma árvore imponente que tomba,
pelas lâminas cortantes da moto-serra,
e leva consigo ninhos de passarinhos,
frutas que mitigam a fome de crianças,
sombras que dão descanso aos passantes,
flores que deixam de exalar seus perfumes.
Matas destruidas deixando marcas na terra,
pelo fogo selvagem que consome nutrientes,
deixando depois desertos sem vida e sem cor,
e os rios que serpenteavam entre as pedras,
vão secando até se tornarem inertes e morrerem,
e dos rescaldos restam só as terras ressequidas.
Rios que sofrem toda forma de agressões,
na poluição dos esgotos destratados tão sujos,
exalando cheiro contaminante das impurezas,
além dos agro-tóxicos que envenenam suas águas,
ficando sem vida para os que deles se servem,
os peixes, animais, pássaros e até os humanos.
Poluentes emitidos pelos motores carburantes,
veículos que exalam monóxidos de carbono,
que depois vão se acumulando na atmosfera,
e lá do alto causam o efeito-estufa tão quente,
provocando alterações climáticas que não existiam,
e as estações se confundem não mais se entendendo.
Consequências devastadoras como sinais de respostas,
pois agredida tem seus elementos que se insurgem,
na forma de furacões, tornados, tempestades violentas,
e vulcões que se rebelam provocando terremotos,
e as consequências são os tsunamis que tudo destroem,
fúrias incontrolaveis que ceifam vidas e destroem cidades.
Ao homem insano que não atina para essas consequências,
mesmo sabendo que as gerações futuras podem perecer,
resta sómente ter consciências e tentar ao menos reparar,
os danos causados por suas ambições desenfreadas,
plantando árvores para que novas matas se desenvolvam,
e cuidar de seus rios e os poluentes que afetam a atmosfera.
09-08-2010