Sombras de minha solidão...
Quando a tristeza chega e se apossa de minha alma,
Meus olhos choram a falta de algo...Afago.
No fundo sei, que o vazio que inunda meu ser,
É o vácuo que faz a ausência de um bem querer.
A solidão é madrasta e cega o entendimento,
E fico vulnerável, frágil...
Qualquer palavra mais dura me faz chorar.
A razão torna-se tão sem sentido...Uma ilusão do infinito.
Esse desmedido amor, com toda a sua grandeza,
É a certeza de minha humanidade...
Minha fraqueza, na verdade,minha fragilidade.
Atormenta-me e resulta na ferida,
Que necrosa minha emoção...
Solidão...Par meu, companheira inseparável.
Inquilina perene do meu coração.
Medo do escuro, cama vazia...hirto meu peito,
Grita no vazio um nome, um abrigo, um amigo!
Nebuloso momento, sem esperança.
De um novo nascimento...do sol!
Tristeza, noite eterna do meu viver...
Carma de minha existência, amar sozinha.
Sala com luz oscilante, tão só minha.
Papel fazendo vezes as tintas desse pincel,
Dando cores as desilusões que me assolam a alma...
No rosto, descorado e sem vitalidade,
A brida da noite oscula piedosa,
Acaricia tentando aplacar a dor,
Causadas pela feridas do desamor.
Sombras, palavras soltas sem sentido,
Sons desconexos, versos soprados ao vento
Agruras de minha solidão.
Gelo, no pólo, sem lareira, sem calor...
Angustia na escrita, na rima, na vida...
Estou assim, tentando dizer...Estou longe de alcançar,
A sutileza no escrever, no relatar meu sofrer...
Pois negro é o tom do som,
Melódica música que fascina e carrega a morte, sorte?
Fúnebre o som da minha dor.
Voz de meu interior que alerta meu instinto,
Para a cor da lápide que escolhi... Cor de tua derme...
Cheiro que me impregna a pele.
Quando a tristeza chega e se apossa de minha alma,
A verdade fica explicita,
Amo uma ilusão, criação da minha imaginação,
Espectro me torno então, sem vida própria...
Marionete enfim...Sofrer sem solução.
Sonho sem fundamento, delírios de meu momento,
Nessa noite, minha alma chora e implora...companhia,
___Com você do lado e tão sozinha... __