O triste.
Ando num caminho
de mato baixinho,
procuro dar os meus passos
um atrás do outro,
ocupando o menor espaço
com os meus pés descalços.
Estou muito triste
e sem vontade,
não quero contar o tempo,
já me fiz horas perdidas,
ninguém me espera
onde não sei se vou chegar.
O tempo esta turvo,
o vento bate nas costas,
sinto arrepios,
mas, acho que caminho
para o fim,
é mesmo assim.
Sozinho vejo a vastidão solitária,
nem segredos,
nem pássaros
e nem borboletas.
Então chego sem ter percebido,
um café me é servido
e fecho os olhos
cansados de sonhar.