Introspecção na Miserabilidade

Sei o que sou

de onde vim

e assim venho...

Ora, quem sou eu?

Se não uma infinita incongruência

de emancipações disformes

afastado do ceio da Verdade

reprimindo a soledade

na sabedoria terrena...

Não... eu já não sonho,

se vivo cá estou

o Dia é o tudo que tenho,

condenado na lei do amor

o jardim solitário

intocável ao riso,

que ao choro

na alma escura brota,

chora,

ri-se e implora

numa ordenada volta

inconformada

que ignora a possibilidade

de amar o que tantos amam:

Tal o amor que desejam para si...

quando se é o que é

nada atinge a construção

dos afetos, exceto a própria dor!

e disfarça-se de sorrisos

sinceros, tais

os Dias convalescentes!