DIVAGAÇÕES

Será que um dia serei feliz?
Será que um dia terei alguém?
Será que um dia amarei sem pudor?
Será que um dia serei realmente quem sou?
Será que um dia viverei um grande amor?
Será que um dia não sentirei mais dor?
Será que um dia me encontrarei finalmente?
Será que um dia o vírus da paixão me contaminará?
Será que um dia não temerei mais o amanhã?
Ou será que sempre será assim?
Esse vazio existencial pungente dentro de mim?
Terei eu sempre que a tristeza no meu caminho?
O mesmo digo da solidão sempre ao meu lado dormindo?
Qual o destino que findo?
Qual a razão da minha presença aqui?
Qual a finalidade do nada que me cerca sem pressa?
O porquê de tudo sempre escapulir por entre os dedos?
Algum dia acabará por fim todos os segredos?
Tantas perguntas...
Nenhuma resposta...
Só aquela lágrima cara
No bater suave da porta.