Dedo de prosa

"Stand by me

Nobody knows

The way it's gonna be".

(Noel Gallagher)

Discos, acalantos e presentes

Que transmitem o teu sonho tão contente.

Fotos e guitarras; envelopes e cartões.

Roupas ilustradas; multidões e corações.

Tudo tão bem feito...

Tudo tão perfeito...

(E a sogra reconhece que sua nora é heroína...)

"Mil palavras,

Mil sentimentos,

Mil emoções"

É o que dizia um daqueles teus cartões.

Um "Eu amo você" gravado no coração

No tom roxo calejado das trincheiras da paixão.

Ela cuida tanto do meu ser...

Ela cuida tanto do viver...

Nunca mede esforços e ajuda ao mundo inteiro!

Sabemos que o amor é feito "de janeiro a janeiro".

John Lennon deveria se deitar

A fim de que ela passe,

Pois nunca foi correto aceitar

Que os heróis nos digam coisas e se matem.

(!?)

As maiores obras literárias,

A genialidade dos romances de Alencar,

Não valem 1% destas cartas

Que ela endereçara por amar.

(Dedos de prosa com a mãe

Acerca de brigas com a namorada)

Feitas para mim!

Cartas feitas por sentir!

"Sinto o sentimento" ao leve toque do papel —

Máxima pureza elevando-se ao céu.

É justo que eu jogue todo fora esse amor?

É justo que eu erre, sem demora, em meu pavor?

É fácil ser criança...

Facílimo por sinal...

Difícil ter infância

À idade magistral.

Tudo bem mais fácil do que ver um horizonte

Da janela do hospital.

Ela odeia o que é comum,

Ama tudo o que compus;

Ama os meus defeitos

E as culpas que carrego aqui dentro do meu peito.

Eu cuidarei de ti.

(Ciúmes...)

Contigo, aprendo o alguém que sonho em ser.

E sei que morrerei feliz

Desde que eu aprenda que, sem ti, não sei viver.

P.S.: Os mil já se foram...

Agora, falta um...

Caio Trova
Enviado por Caio Trova em 01/08/2010
Reeditado em 01/08/2010
Código do texto: T2411963
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