DESPEDIDA


É quando arde a hora da partida
quando a dor da ausência precipita
futuras amarguras inundadas
e a lembrança com faca afiada
desenha em minha alma abatida
as fotos de tantos sonhos-dias

É quando reverbera a despedida
quando a fé do nunca se acaba
pedaços, objetos gritam em uníssono
o nome do passageiro ausente
ecoando indecente pela mente

É neste exato átimo
neste derradeiro ato
que o amor adormecido
ruge como um urso aturdido
e busca incessantemente
algum alimento,
que sacie o abandono
e traga a paz
e traga atroz
o tempo atrás
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 31/07/2010
Reeditado em 31/07/2010
Código do texto: T2410911
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.