Lembranças

Tão frágil é a palavra amar.

Nas complicações de um olhar.

O carma de palavras não ditas;

Jazem sem cessar diante de um futuro promissor.

A calma, principal apoio, já definhou.

O culto que era entoado por belas palavras;

Quem me dera poder dizê-las de novo.

A correnteza puxa forte, mas meu porto seguro.

Outro barco esta a ancorar.

Quem me dera observar as estrelas.

Com o mesmo brilho de antes.

Sussurrando em meus ouvidos, ternas palavras de amor.

Crenças esfaceladas em uma morna manhã.

Em tons fúnebres só ouso o chamado da solidão.

Quem me dera ter o sol em minha mão novamente.

E com o apenas um sorriso roubar as estrelas do céu.

O céu agora já brilha em cinza.

A noite já é clara como o dia.

E minha boca seca procura uma fonte para saciar minha cede.

Só para mais tarde me decepcionar na busca angustiante.

Só uma vez eu pude provar.

Só uma vez meu céu não foi cinza.

Só uma vez meus sonhos foram vivos.

E para sempre só o que terei serão as lembranças dessa morna manhã.

Lucas Soares
Enviado por Lucas Soares em 30/07/2010
Reeditado em 03/08/2010
Código do texto: T2409033
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