O CÉU COMEU-ME OS OLHOS

A ti, a minha mais adorada borboleta, flor princesa imensa, mais profundo amor, maior Amiga:

O CÉU COMEU-ME OS OLHOS

No momento

Que penso que te perdi

E que também

Perdi o meu Deus

Que já não sinto

E que já não sinto

Gostar de mim

O céu comeu-me os olhos

E lançou em mim

A sombra da tristeza

Porque te deixei

Escapar entre o meu mau feitio

Tu

Que vales de facto a pena

O céu comeu-me os olhos

E agora navego

Entre poemas

Que te envio

Na forma deste pequeno livro

Poemas

Que penso serem a única forma

De comunicação

De sentido único

E nem sei se merecido

Castigo

Que merece

Esta terrível

Punição?

O céu comeu-me os olhos

A luz

Que começava

A brilhar

Depois das trevas

Mas mesmo que partas

De vez

Irei tocar

Nem que seja

De forma desesperada

Mais uma vez

E eternamente

As minhas estrelas

O céu comeu-me os olhos

Porque talvez as palavras

Nunca cheguem

Ao seu real destino:

O teu âmago

Que eu tanto estimo

E eu podia estar quieto

Nem o belo

Nem a dor

Sublimar

Mas são essas palavras

Que eu

Em ti

Espero

Perpetuar

Pois estarei

Sempre ao lado

De onde me possas

Contactar

Em mim

Serás Eterna

E isso nada

Nem ninguém

Irá de mim apagar

O céu comeu-me os olhos…