Dias de Hoje, Dias de Amanhã

E os dias passam

E os dias morrem

Dentro de mim reside algo que desejo matar

E com as noites silenciosas ainda permaneço preso ao que mais odeio:

A esperança

Tento compreender esse contínuo que apenas me destrói e não vejo o sentido de algo assim persistir

Não há como não ficar cansado, derrotado, deprimido e humilhado diante do trágico e hilário hediondo

Sinto-me como um maldito condenado pendurado na forca sem morrer, de pescoço quebrado, balançando como um boneco ao vento

Pensar que antes eu ainda era alguém que vestia um terno feito de sonhos, que caminhava na rua de pés livres para sentir a cidade, a grama, a vida

Naquela época eu era livre mesmo que não fosse feliz

Era livre por que meu coração não pesava tanto pela tristeza, pelas incertezas, pelo desespero

Hoje

Não sei o que virá no passo seguinte, mas admito que não aguardo mais nada de bom.

Jaguar SS
Enviado por Jaguar SS em 28/07/2010
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