...Alma invisível...
No amanhecer incólume da desilusão andei temeroso,
No umbral cinzento da embriaguez eu vaguei em pranto.
E andei sozinho, como um verme podre a mendigar sobejos,
A perdurar desejos.
E nada vi nada ouvi nada houve...
Tudo se transformou em nada,
Um estio de coisas, uma ausência de tudo,
Como se o tempo estreitasse seus becos,
E se as portas, quiçá se fechassem.
E como doeu a ausência, a falta de vozes,
Doeu a intriga, a impaciência,
As poucas palavras, e o mistério das coisas, inquietos ficaram.
E como fui trágico, fui inconseqüente, fui eu amargor.
Que o tempo não volte!
Não traga notícias, nem muitas respostas,
Que apague os desejos da carne ferida,
Assim como a sede, das negras crianças,
Assim como o alívio, da alma em pranto.
E a vida, deu-me como suvenir, a insônia,
E nela brado estas póstumas palavras.
Que sempre desperto no âmago de minha desilusão
E assim extingo-me, como um maço cinzento em chamas,
No repulsivo desejo d`alma, na intolerância cruel das falsas leis.
E como louco, fitei os Andes e suas imensidões.
Na mais pura empáfia e sem extremos, sem nada ter.
Como abastança, a ingratidão!
A eloqüência fementida de tuas palavras,
Hoje imploro, jures mais não!
E como um déspota inconsciente, cretino e louco,
Negou-me o afeto na manhã embriagada, e de lençóis desarrumados.