O medo
O medo me possui por inteira,
me distraí, e fui tomada por ele.
Revoltada eu penso:
Qual será a sensação do medo em possuir uma pessoa?
Prazer?
Será que o medo é psicopata?
obssessor?
O medo já faz parte de minha alma, assim como eu faço parte da dele.
Eu vejo o sol e as estrelas, rodeada pelo medo.
Vertendo lágrimas que as vezes são vistas, mas as vezes são tão discretas que não são vistas a olho nú.
Por dentro de mim elas vão me alagando, e eu morrendo ali afogada e ninguém nesse mundo é capaz de ver?
Como a falta de sensibilidade me incomoda.
Como as pessoas são cruéis e não pensão nas outras.
E por que ainda penso tanto nas outras?
Eu queria ser mal, ser egoísta, ser fútil e despreocupada de sentimentos.
Eu queria não ter sentimentos e sobreviver a todos os seus coices!
Mas, as minhas vidas vão se acabando a cada patada desnecessária, a cada beijo inibido, a cada palavra não dita e a cada gesto mal feito.
Não serei mais a fênix.
Não conseguirei vencê-lo.
Há coisas que não se esquece.