ANGÚSTIA
É o brilho no olho de onde escorre uma lágrima
É o suor que incontinente logo umedece mãos
É vontade de passar para uma próxima página
É o palpitar arrítmico e intermitente do coração.
É o sorriso amarelo que ali esconde a tristeza
Enquanto o franzir da testa delata um lamento
É o temor da duvida, que assombra a certeza
São os segundos contados do meu sofrimento
É a mente oprimida, torturada pelo medo biltre
Que sorri como a hiena, intimidando a audácia
Restos podres do ser aguardando os abutres
É a pálida pele álgida, explicitando a ansiedade
Que em um lapso repentino se faz transparecer
É um imenso pesar qual a chama que mais arde
São os olhos cerrados de quem almeja não ver
É o soluçar amargo que dá um no na garganta
É um lamento passivo que a esperança frustra
É como a lamúria do pássaro que preso canta
É assim que me sinto no momento de angustia